Data:22/06/2020 - Professora: Fabiana Rodrigues - Disciplina: Língua Portuguesa - Conteúdo:Interpretação de texto,Atividades Regência Nominal,Produção de texto.

Bom dia, caros alunos espero que estejam bem e com saúde! Estamos próximos a superarmos mais uma etapa de nossa meta e contamos com a parceria de vocês, com compromisso e acima de tudo responsabilidade com os estudos.Leiam com atenção o que foi deixado,façam com carinho,letra legível e cabeçalho!  

Texto: O MENINO SEM IMAGINAÇÃO
     
    [...]
       Maria botou o jantar e pela primeira vez, desde que nasci, vi toda a família reunida à volta da mesa.
   - Como nos velhos tempos! – exclamou o vovô satisfeito.
      Ele disse que no passado era assim: as pessoas sentavam juntas, conversavam e trocavam ideias na hora das refeições. Disse que foi a chegada da televisão que provocou uma debandada geral. Eu fiquei calado, mas me irrita muito ver alguém falando mal da televisão. Para mim ela apenas permitiu que cada um comesse quando quisesse, porque as pessoas não são obrigadas a sentir fome à mesma hora.
         - Vamos conversar sobre o quê? – perguntou o vovô; que não obtendo resposta continuou:
         - Não podemos perder esta oportunidade. Ela talvez não se repita nunca mais.
         - Qualquer coisa – resmungou mamãe desinteressada.
         - Eu queria fazer um comentário sobre o jogo...
         - Ah! Futebol não! – mamãe cortou a frase de papai.
         - Então vamos meter o pau no Governo – propôs vovô.
         - Política nem pensar! – voltou mamãe.
         - Existe algum tema mais relevante do que o sumiço da televisão? – indagou titia.
         - Ah! Eu não aguento falar mais sobre isso! – disse papai.
         - Nem eu! – concordou a mana.
         E mergulhamos todos num longo silêncio.
         Eu havia colocado Fantástica sobre o aparador, na minha frente, mantendo seu controle remoto ao lado do meu prato, como um talher. Não acreditava que a TV fosse demorar muito mais fora do ar, porque papai falou que os donos das emissoras são poderosos “e logo vão dar um jeito nisso”.
         Eu dava uma garfada, ligava e desligava Fantástica; dava outra garfada, ligava e desligava e ligava e desligava, até que papai saiu de seu silêncio e bateu na mesa:
         - Para com isso, Tavinho! Que mania!
         - Só quero saber quando a imagem vai voltar.
         - Você vai saber! Vai ser uma barulhada infernal por esse país afora!
         A comida estava uma gororoba intragável. Maria é uma grande cozinheira, mas desta vez errou a mão, salgou tudo e queimou o arroz. Eu deixei cair um pedaço de goiabada no chão, titia se engasgou com a farofa e mamãe virou a garrafa de água na toalha. Minha irmã, que não perde uma chance, falou que “o sumiço da televisão está mexendo com o equilíbrio de muita gente”. Mamãe, eu se manteve calada o tempo todo, resolveu apelar:
         - Amanhã cedinho vou à igreja iniciar uma novena para Nossa Senhora fazer com que a televisão volte logo.
         - E eu vou à minha astróloga – emendou titia. – Talvez a conjuntura astrológica explique alguma coisa...
         - E eu vou procurar o pastor da minha igreja – arrematou Maria, de passagem.
         O jantar acabou e as pessoas ficaram vagando pelo apartamento feito almas penadas. Eu mesmo não sabia o que fazer. Experimentava uma sensação esquisita, das naves. Foi me dando sono, uma vontade de me encolher debaixo das cobertas.
         Minha irmã, ao me ver acabrunhado num canto, veio até mim:
         - Não fique assim, irmãozinho – disse carinhosa.
         - Fico assim. – resmunguei – A vida perdeu o sentido pra mim.
         - Que bobagem! – ela sorriu meiga. – A televisão é um eletrodoméstico.
         - Pra mim é muito mais! É minha razão de viver!
         - A humanidade viveu milhares de anos sem televisão, Tavinho, e nunca deixou de fazer as coisas
         - Pois eu sou aquela parte da humanidade que não saber fazer as coisas sem televisão.
         A mana sorriu e afogou meus cabelos, delicada:
         - Não adianta ficar emburrado. Faz o jogo do faz de conta. Ás vezes é preciso brincar para se suportar melhor a realidade.
         - Faz de conta o quê? O quê? – perguntei desafiador.
         - Por que você faz de conta que engoliu a TV?
         Lá vinha ela com suas birutices.
         - Eu? Engolir a televisão?
         [...]

       MORAES, Carlos Eduardo. O menino sem imaginação.
                                                             ed. 6. São Paulo: Ática, 1997.

   Interpretação de texto:(Não precisa copiar o texto apenas copiar e responder a interpretação) 

01 – Lendo apenas esse trecho, foi possível compreender o conflito presente no romance? Como você chegou a essa conclusão?
      
02 – Quando Tavinho diz: “[...] pela primeira vez desde que nasci, i toda a família reunida à volta da mesa”, o que se pode perceber sobre a rotina da casa?
       

03 – O que você achou da família de Tavinho? Ela é diferente da sua?
     
04 – Com base na leitura desse trecho, explique por que o autor deu esse título para a história.
       
05 – Quem é o narrador dessa história? Como você descobriu isso?
        
06 – Como Tavinho reagiu diante do “sumiço da televisão”?


Gramática:Atividades Regência nominal


Produção de Texto


Leia os textos a seguir com bastante atenção e logo abaixo deles têm as instruções para sua produção.

Texto I

Amanhã ou Depois

Nenhum de nós
Deixamos pra depois uma conversa amiga
que fosse para o bem
que fosse uma saída
Deixamos pra depois a troca de carinho
Deixamos que a rotina fosse nosso caminho
Deixamos pra depois a busca de abrigo
Deixamos de nos ver fazendo algum sentido
 Amanhã ou depois, tanto faz se depois for nunca mais…nunca mais
 Deixamos de sentir o que a gente sentia
E que trazia cor ao nosso dia a dia
Deixamos de dizer o que a gente dizia
Deixamos de levar em conta a alegria
Deixamos escapar por entre nossos dedos
A chance de manter unidas as nossas vidas
Amanhã ou depois, tanto faz se depois for nunca mais…nunca mais
www.letras.com.br/nenhum/de/nos

Texto II

Amanhã

Patativa do Assaré
Amanhã, ilusão doce e fagueira,
Linda rosa molhada pelo orvalho:
Amanhã, findarei o meu trabalho,
Amanhã, muito cedo, irei à feira.
Desta forma, na vida passageira,
Como aquele que vive do baralho,
Um espera a melhora no agasalho
E outro, a cura feliz de uma cegueira.
Com o belo amanhã que ilude a gente,
Cada qual anda alegre e sorridente,
Como quem vai atrás de um talismã.
Com o peito repleto de esperança,
Porém, nunca nós temos a lembrança
De que a morte também chega amanhã.
http://www.vermelho.org.br/noticia/42096-1

     Após análise dos  textos  acima produza um poema com o título “Amanhã”. Nele você deverá escrever  como  se “amanhã” fosse um dia muito especial ou seu último dia. Como seria esse dia? Relate-o. Seu poema poderá ter rimas ou versos brancos.  Faça um soneto( 14 versos distribuídos em 2 tercetos e dois quartetos) . 

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